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A Mão Esquerda da Escuridão (The Left Hand of Darkness, no original) é um romance de ficção científica da escritora estadunidense Ursula K. Le Guin, publicado em 1969. O romance se tornou imensamente popular e estabeleceu o status de Le Guin como uma grande autora de ficção científica.
O romance segue a história de Genly Ai, um nativo da Terra, que é enviado ao planeta Gethen como emissário do Ekumen, uma confederação informal de planetas. A missão de Ai é persuadir as nações de Gethen a se juntar ao Ekumen, mas ele é impedido por sua falta de entendimento da cultura getheniana. Indivíduos em Gethen são "ambissexuais", sem sexo fixo. Este fato tem uma forte influência na cultura do planeta, e cria uma barreira de entendimento para Ai. A Mão Esquerda esteve entre os primeiros livros publicados no gênero de ficção científica feminista e é o mais famoso exemplo de androginia na ficção científica. Um importante tema do romance é o efeito que sexo e gênero tem na cultura e sociedade, explorado especialmente através da relação entre Ai e Estraven, um político getheniano que acredita nele e o ajuda. Dentro deste contexto, o romance também explora a interação entre as lealdades dos personagens principais, a solidão e o desenraizamento de Ai, e o contraste entre as religiões das duas maiores nações de Gethen. O tema de gênero também provocou um debate feminista quando foi publicado pela primeira vez, acerca da representação dos gethenianos ambissexuais.
O romance é parte do Ciclo de Hain, uma série de romances e contos escritos por Le Guin, situados no universo ficcional de Hain, o qual a autora introduziu em 1964 com "The Dowry of the Angyar". Entre os romances de Hain, A Mão Esquerda foi precedido por, em ordem de escrita, City of Illusions e seguido de The Word for World Is Forest.
A Mão Esquerda já foi reeditado mais de 30 vezes, e recebeu uma reação altamente positiva de críticos. O romance ganhou os prêmios Nebula e Hugo de Melhor Romance concedido por escritores e fãs respectivamente, e foi listado em terceiro lugar, atrás de Duna, de Frank Herbert, e Childhood's End, de Arthur C. Clarke, numa pesquisa realizada pela revista Locus. Em 1987, a Locus colocou-o em segundo lugar entre romances de ficção científica, atrás de Duna e Harold Bloom afirmou: "Le Guin, mais do que Tolkien, elevou a fantasia à alta literatura, para o nosso tempo."